Maio começou com uma excelente notícia para os trabalhadores: um reajuste no salário mínimo. A mudança afeta diretamente os benefícios oferecidos pelo Governo Federal, já que o piso nacional é utilizado como base para calcular os pagamentos realizados.
Novo salário mínimo e seu impacto no poder de compra
A partir do dia 1º de maio, o salário mínimo foi reajustado para R$ 1.320. Esse aumento representa o segundo reajuste concedido neste ano, considerando que o valor já havia subido de R$ 1.212 para R$ 1.302 em janeiro. Com isso, o piso nacional proporciona um ganho real, ou seja, acima da inflação, aos trabalhadores.
Esse aumento visa elevar o poder de compra da população brasileira, protegendo os grupos mais vulneráveis dos impactos da inflação, que afetam especialmente os itens básicos.
Implementação do novo salário e seus desafios
É importante mencionar que, apesar de o valor de R$ 1.320 ter sido anunciado durante a transição entre os governos, sua implementação sofreu atrasos devido ao aumento dos gastos públicos que foram precisos para financiar os benefícios relacionados ao salário.
Dessa forma, o montante pago de janeiro a abril teve como objetivo apenas compensar as perdas causadas pela inflação durante esse período, sem oferecer um aumento real no poder aquisitivo dos trabalhadores.
Outras mudanças além do salário reajustado
O governo também planeja isentar do Imposto de Renda aqueles que recebem até R$ 5.000 até 2026. O aumento da faixa de isenção ocorrerá de forma gradual, começando pela mudança que entrou em vigor no dia 1º de maio, isentando quem recebe até dois salários mínimos, ou R$ 2.640.
Além disso, o presidente anunciou um projeto de lei que institui uma nova política de valorização do salário mínimo. Se aprovada pelo Congresso, a regra determinará que, anualmente, o piso seja reajustado pela inflação do ano anterior, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além da variação do Produto Interno Bruto (PIB) referente a dois anos anteriores.
Efeito do reajuste do salário mínimo sobre os benefícios previdenciários
Estudos indicam que cada real adicionado ao salário mínimo causa um impacto de R$ 322,8 milhões por ano para o governo federal em relação à folha de benefícios da Previdência Social. Esses benefícios incluem aposentadorias, pensões, seguro-desemprego, BCP (Benefício da Prestação Continuada) e o abono salarial PIS/PASEP.